Capítulo 29
Capítulo 29
Uma figura esguia estava parada na porta, ele contra a luz, tornando impossível ver seu rosto.
Flavia apertou inconscientemente o prato em suas mãos.
Ela não sabia por que ele havia vindo de repente, ele não deveria estar desfrutando de um tempo a sós com Rosana?
“Já se divertiu o suficiente?” Ele falou, sua voz soava como de costume.
Ela havia desaparecido por quase meio mês, aos olhos dele, ela estava apenas se divertindo.
A dona do estabelecimento ficou atônita, o olhar vagando entre os dois.
*Quem é você para a Flavia?” A proprietária perguntou instintivamente.
“Sou o marido dela.”
A mulher abriu a boca em choque, isso era diferente do que ela imaginava; ela pensava que o marido da Flavia era o tipo de homem… preguiçoso e desleixado.
Ou aquele que é todo cheio de si, comandando ela a torto e a direito.
De todas as possibilidades, ela jamais imaginou que seria um homem jovem, atraente, com uma presença tão imponente.
“Flavia disse que você não a queria mais, o que você veio fazer aqui?”
Thales inclinou levemente a cabeça, olhando para a proprietária, “Ela disse isso a você?”
A mulher hesitou, incerta de como responder, parecia que as coisas não eram como ela pensava.
“Isso…”
O canto da boca de Thales se curvou levemente em um sorriso amigável, “Ela estava chateada comigo e saiu de casa, sinto muito pelo incômodo.”
“Ah, entendi.” A mulher sorriu timidamente, aliviada, “Que bom, então. Eu estava realmente preocupada que ela não pudesse gra…”
Ela não terminou a frase quando, de repente, o prato na mão de Flavia caiu no chão, quebrando–se em pedaços.
Flavia se aproximou rapidamente da mulher, gesticulando: Desculpe, não fui de propósito.
Na verdade, foi de propósito; se ela não quebrasse o prato, a mulher acabaria revelando que ela estava grávida.
A mulher não conseguiu entender o que ela estava tentando dizer, apenas sorriu constrangida: “Não tem problema, eu limpo depois. Já que seu marido veio buscá–la, é melhor vocês irem.”
Ela olhou para Thales, que segurou a mão de Flavia, levando–a para fora do estabelecimento.
Durante todo o caminho, nenhum dos dois falou, Thales dirigia, levando–a de volta à mansão.
Os momentos felizes sempre são curtos, e ela estava de volta àquela mansão fria e isolada, um contraste total com a pequena casa de macarrão, cheia de solidão e frieza.
Thales manteve uma expressão séria durante todo o caminho, e ao chegarem à mansão, ele subitamente agarrou o queixo de Flavia, envolvido por uma aura fria e ameaçadora.
“Flavia, você aprendeu a ser independente, hein? Aprendeu a sair de casa?”
A força em seus dedos era intensa, como se ele estivesse despejando toda sua raiva ali, fazendo com que o queixo de Flavia doesse terrívelrnente.
Ela olhou dificilmente para o homem, cujos olhos fervilhavam com uma tempestade claramente visível.
Flavia apertou os dedos, encarando–o por um momento, levantou a mão para gesticular, mas foi jogada no sofá antes que pudesse fazer qualquer gesto.
Tudo girou ao seu redor, e quando ele se aproximou, prendendo sua mão, perguntou: “Quem te ensinou isso?”
Flavia forçou um sorriso, olhando diretamente para ele, seus olhos enchendo–se de lágrimas.
Ela puxou a mão com força, gesticulando: Ninguém me ensinou, você não se importa para onde eu vou, então por que não posso sair? Apesar de não poder falar, sua expressão e gestos deixavam clara sua tristeza e raiva.
Thales a encarou intensamente, sem dizer nada por um momento.
Flavia: Você gosta tanto da Rosana, não seria melhor eu deixá–los em paz? Por que você me trouxe de volta? Text property © Nôvel(D)ra/ma.Org.
Ela raramente falava de volta, nunca reclamava, como um gato obediente, concordando com tudo o que ele dizia, satisfeita apenas com um carinho na cabeça.
Capitulo 29
Afinal, ela também tinha seus momentos de raiva.
Thales ficou atordoado por um momento, antes de dizer: “Você está zangada comigo?”
Flavia hesitou, com os dedos suspensos rio ar, de repente incerta de como responder.
Ela não sabia se estava realmente zangada, mas a indiferença dele, o fato de ele não se importar com o bebê em seu ventre, a fazia querer fugir desse lugar sufocante.